sábado, 11 de fevereiro de 2012
Entrevista com integrantes do Anonymous no Brasil
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| iPiratesGroup e AntiSecBrTeam falam sobre as ações realizadas em território nacional e prometem não se limitar ao mundo virtual. |
"Mais do que um grupo, somos uma ideia". Nas últimas semanas, você deve ter lido diversas notícias relacionadas aos ataques conduzidos pelo grupo Anonymous, em represália ao fechamento do Megaupload pelo FBI.
Entretanto, embora a briga seja internacional, grupos brasileiros, que
também participam das ações, estão preocupados em agir diretamente em
problemas nacionais.
Por email, entrevistamos representantes dos movimentos @iPiratesGroup e @AntiSecBrTeam, responsáveis pela manutenção da conta @AnonBRNews, no Twitter,
que tem como propósito divulgar ações e informações sobre os ataques
nacionais e internacionais realizados. Nesta semana, eles conduziram uma série de ataques contra instituições bancárias do país.
Segundo eles, ações no mundo virtual são apenas o começo, e o grupo
planeja ganhar as ruas para fazer com que a ideia chegue a mais pessoas.
"Não estamos aqui para agradar a ninguém, não estamos ligando se gostam
ou não de nossas ações; o importante é que a mensagem está sendo
passada". Confira na íntegra a entrevista.
Desde quando existe o grupo e qual é a relação dele
com o Anonymous? Vocês são independentes ou podem ser considerados um
braço brasileiro do grupo internacional?
Anonymous não é
um grupo, e sim uma ideia; grupo são apenas @iPiratesGroup e
@AntiSecBrTeam, dos quais fazemos parte. O @AnonBRNews é apenas um
Twitter para divulgar as ações do movimento Anonymous no Brasil,
realizado por nós. Temos ligações com o Anonymous de outros países,
conversamos praticamente todas as semanas, mas cada um cuida de seu
país; só em algumas ocasiões fazemos operações internacionais, por
exemplo, a #OPMegaUpload.
Quais foram as principais ações realizadas até agora e quais objetivos propostos pelo grupo foram alcançados?
Noventa
por cento das ações do movimento AntiSec no Brasil foram realizadas por
nós. Nosso objetivo nos ataques é apenas chamar a atenção da população
quando queremos passar uma mensagem ou fazer um protesto.
Em um manifesto publicado recentemente, o grupo fala bastante sobre desigualdades sociais. Como o grupo pode influenciar diretamente e ajudar a modificar esse quadro?
Tentamos fazer as pessoas pensar no que ocorre no país, tentamos da
nossa forma fazer isso; não somos crianças, todos aqui são maiores de
idade e alguns são pais de família, portanto sabemos o que fazemos e não
temos medo de nada. Se as pessoas quiserem nos ouvir e tentar fazer
algo pelo país, tudo bem. Se não quiserem... Tudo bem também, pois quem
perde são elas mesmas.
Tecmundo: Como surgiu a ideia de fazer as ações junto aos
bancos brasileiros? Na opinião do grupo, de que maneira retirar os sites
das instituições bancárias do ar pode ajudar a chamar atenção para a
causa de vocês?
Nossas operações são organizadas meses
antes da execução. Até então atacamos apenas sites ligados ao governo e
etc... Nada que tivesse um impacto direto na vida da população, ao
contrário de um site de banco, que muita gente usa. Atacando estes
sites, afetaríamos diretamente as pessoas, assim fazendo com que elas
procurassem saber o que estava acontecendo e o porquê disso estar
acontecendo.
Já é possível mensurar resultados nas ações do grupo, em especial no ataque junto aos bancos?
Sim, o resultado está sendo o esperado por nós. Muitas pessoas estão nos conhecendo e assim conhecendo a ideia Anonymous.
Depois dessa semana de ataques, vocês têm outros planos para outras instituições?
Sim, mas não vou poder revelar isso no momento.
Em notícias publicadas em nosso site com relação aos ataques aos
bancos, alguns usuários se manifestaram de maneira contrária às ações,
alegando que elas podem prejudicar pessoas inocentes. O grupo teme algum
tipo de reação negativa por parte do público?
Não
estamos aqui para agradar a ninguém, não estamos ligando se gostam ou
não de nossas ações; o importante é que a mensagem está sendo passada.
Quem quiser ouvir que ouça.
Qual tem sido a
repercussão das ações na mídia tradicional (em especial jornais e TVs),
que tem maior alcance e audiência?
Desde ontem, quando
atacamos o Itaú, as notícias vêm crescendo bastante, isso está sendo
muito bom para o movimento, ajuda a divulgar a ideia.
Ataques na internet viram notícia na rede, mas acabam saindo muito
rápido da mídia. Quais são os objetivos que vocês pretendem alcançar em
longo prazo, a principal consequência a partir de suas ações?
O
objetivo não é apenas ficar no mundo online, digamos assim. Anonymous é
muito mais que ficar na internet, Anonymous é uma força que não pode se
limitar ao mundo virtual. Estamos planejando ações que irão acontecer
nas ruas, assim nossa ideia chegará a mais pessoas.
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